quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

ESPAÇO E FORMAS





Após as leituras disponibilizadas, cada vez mais conscientizo-me que educar não é somente ensinar para a criança ler, escrever e ter boas maneiras. A criança em si necessita também de conhecer e compreender o espaço em que vive. Para isso, o ensino de matemática desde cedo, é de grande importância para as crianças de educação, desde as operações, contagens, grandezas e medidas ao espaço e a forma. Pois é, a partir do ensino de geometria e a matemática que a criança constrói um modo particular de conceber o espaço por meio das suas percepções, das soluções que encontram par os problemas e o contato com a realidade. Assim, para trabalhar a matemática e a geometria devemos colocar e prática, desafios/tarefas que dizem respeito às relações habituais das crianças com o espaço em que elas vivem.
Um exemplo disso seria quando duas crianças, criança “A” e “B” estão brincando de bola de gude no pátio da escola. Criança “A” tem 2 bolas de gude e criança “B” 3. Quantas bolas de gude têm os dois juntos?
Essa situação pode estar acontecendo na hora do recreio, e a criança sem perceber, ao mesmo tempo em que brinca também aprende com situações vividas no dia a dia. Pois, o trabalho com matemática e a geometria pode partir da exploração de objetos e situações do cotidiano da criança. Devemos nós professores explorar nas brincadeiras, jogos e situações, o conhecimento matemático das crianças.

Cabe então, a nós educadores, instigar, questionar, auxiliar este processo de exploração e investigação dos objetos que se fazem necessários para o desenvolvimento das atividades propostas e para melhor compreensão dos conceitos matemáticos, pois, só assim acredito que alcançarão este entendimento da matemática. O que muitas vezes não acontece, pois talvez, não utilizamos dos diversos recursos que possuímos.

BRINCANDO COM A MATEMÁTICA




A matemática é fundamental em nossas vidas e, se não trabalhada desde cedo de forma agradável/divertida, pode ser a causa de grande parte de repetentes no futuro, pois ao iniciar sua vida escolar, a criança inicia o processo de alfabetização, não só na língua materna como também na linguagem Matemática, construindo o seu conhecimento segundo as diferentes etapas de desenvolvimento cognitivo.
[...] o aprendizado das crianças começa muito antes delas frequentarem a escola. Qualquer situação de aprendizado com a qual a criança se defronta na escola tem sempre uma história prévia. Por exemplo, as crianças começam a estudar aritmética na escola, mas muito antes elas tiveram alguma experiência com quantidades – elas tiveram que lidar com operações de divisão, adição, subtração e determinação de tamanho. Consequentemente, as crianças têm a sua própria aritmética pré-escolar (VYGOTSKY, 1989, p. 94-95).
Tenho comigo que o processo de ensino aprendizagem da Matemática deve ser bem trabalhado em sala de aula, para que futuramente os alunos não apresentem dificuldades graves, quanto a construção deficiente do pensamento lógico-abstrato, como no meu caso, que até hoje possuo dificuldades sérias, não conseguindo “desenvolver”/usar meu raciocínio lógico.
Mesmo não lecionando a disciplina de matemática com meus alunos, observo que as colegas tem em mente que o aluno é um mero expectador e não um sujeito partícipe, sendo como preocupação maior cumprir o cronograma.
Acredito que os conteúdos e a metodologia não se articulam com os objetivos de um ensino que sirva à inserção social dos alunos, ao desenvolvimento do seu potencial, de sua expressão e interação com o meio.
Por estes motivos, aposto na utilização de técnicas lúdicas: jogos, brinquedos e brincadeiras direcionadas pedagogicamente em sala de aula podem estimular os alunos a construção de pensamento lógico-matemático de forma significativa e a convivência social, pois o aluno, ao atuar em equipe, supera, pelo menos em parte, seu egocentrismo natural.
Os jogos pedagógicos, por exemplo, podem ser utilizados como estratégia didática antes da apresentação de um novo conteúdo matemático, com a finalidade de despertar o interesse da criança, ou no final, para reforçar a aprendizagem.
Um cuidado metodológico muito importante que o professor precisa ter, antes de trabalhar com jogos em sala de aula, é de testá-los, analisando suas próprias jogadas e refletindo sobre os possíveis erros; assim, terá condições de entender as eventuais dificuldades que os alunos poderão enfrentar. Tendo também um cuidado especial na hora de escolher jogos, que devem ser interessantes e desafiadores.
Deixo aqui registrado que esta maneira de trabalhar, com lúdico, jogos, brinquedos e brincadeiras é a forma que trabalho muitos conteúdos em Língua Portuguesa e acredito que na Matemática podemos fazer da mesma forma, utilizando de todos estes materiais e muitos outros recursos, como pude observar no texto objeto de leitura disponibilizado para leitura. Pois devemos sair da zona de conforto, questionando-nos, repensando maneiras simples e cotidianas de se trabalhar multiplicação e divisão, onde o aluno poderá fazer suas próprias descobertas.