A
matemática é fundamental em nossas vidas e, se não trabalhada desde cedo de
forma agradável/divertida, pode ser a causa de grande parte de repetentes no
futuro, pois ao iniciar sua vida escolar, a criança inicia o processo de
alfabetização, não só na língua materna como também na linguagem Matemática,
construindo o seu conhecimento segundo as diferentes etapas de desenvolvimento
cognitivo.
[...] o aprendizado das crianças começa muito
antes delas frequentarem a escola. Qualquer situação de aprendizado com a qual
a criança se defronta na escola tem sempre uma história prévia. Por exemplo, as
crianças começam a estudar aritmética na escola, mas muito antes elas tiveram
alguma experiência com quantidades – elas tiveram que lidar com operações de
divisão, adição, subtração e determinação de tamanho. Consequentemente, as crianças têm a sua própria aritmética pré-escolar
(VYGOTSKY, 1989, p. 94-95).
Tenho comigo que o processo de
ensino aprendizagem da Matemática deve ser bem trabalhado em sala de aula, para
que futuramente os alunos não apresentem dificuldades graves, quanto a
construção deficiente do pensamento lógico-abstrato, como no meu caso, que até
hoje possuo dificuldades sérias, não conseguindo “desenvolver”/usar meu
raciocínio lógico.
Mesmo não lecionando a disciplina
de matemática com meus alunos, observo que as colegas tem em mente que o aluno
é um mero expectador e não um sujeito partícipe, sendo como preocupação maior
cumprir o cronograma.
Acredito que os conteúdos e a
metodologia não se articulam com os objetivos de um ensino que sirva à inserção
social dos alunos, ao desenvolvimento do seu potencial, de sua expressão e interação
com o meio.
Por estes motivos, aposto na
utilização de técnicas lúdicas: jogos, brinquedos e brincadeiras direcionadas
pedagogicamente em sala de aula podem estimular os alunos a construção de
pensamento lógico-matemático de forma significativa e a convivência social,
pois o aluno, ao atuar em equipe, supera, pelo menos em parte, seu egocentrismo
natural.
Os jogos pedagógicos, por
exemplo, podem ser utilizados como estratégia didática antes da apresentação de
um novo conteúdo matemático, com a finalidade de despertar o interesse da
criança, ou no final, para reforçar a aprendizagem.
Um cuidado metodológico muito
importante que o professor precisa ter, antes de trabalhar com jogos em sala de
aula, é de testá-los, analisando suas próprias jogadas e refletindo sobre os
possíveis erros; assim, terá condições de entender as eventuais dificuldades
que os alunos poderão enfrentar. Tendo também um cuidado especial na hora de
escolher jogos, que devem ser interessantes e desafiadores.
Deixo aqui registrado que esta
maneira de trabalhar, com lúdico, jogos, brinquedos e brincadeiras é a forma
que trabalho muitos conteúdos em Língua Portuguesa e acredito que na Matemática
podemos fazer da mesma forma, utilizando de todos estes materiais e muitos
outros recursos, como pude observar no texto objeto de leitura disponibilizado
para leitura. Pois devemos sair da zona de conforto, questionando-nos,
repensando maneiras simples e cotidianas de se trabalhar multiplicação e
divisão, onde o aluno poderá fazer suas próprias descobertas.
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