Após as leituras proporcionadas na interdisciplina
de Projeto Pedagógico em Ação, tenho claro a diferença entre Projeto de Ensino e Projeto de Aprendizagem. No qual o segundo demonstra a troca de conhecimentos, a interação
existente entre os indivíduos dentro da Educação. O Projeto de Aprendizagem
proporciona ao educando a possibilidade de construir seu saber através das suas
próprias curiosidades e interesses, interagindo com perguntas e respostas. Baseia-se
no conjunto de ideias, questionamentos, e avaliação dos questionamentos, bem
como de suas respostas. O aluno torna-se mais autônomo ao poder construir seus
próprios questionamentos, pois ele aprende aquilo que for de seu interesse. E
eu tive essa evidência dentro da minha sala de aula. Os alunos só aprendem o
que desejam aprender. E foi interessante, pois proporcionei um momento para que
eles perguntassem o que desejassem. E saem perguntas incríveis e que podemos ir
para o caminho do conteúdo desejado sem que eles percebam. E ao trabalhar um
determinado conteúdo de Língua Portuguesa através de uma roda de conversa, onde
puderam conversar, trocar experiências e participar da construção do
conhecimento através de seus relatos. Perguntei nesses dias por que nunca mais
se esqueceram daquela aula? E a resposta foi exatamente essa: “porque é mais
interessante...divertida...descontraída”. Essa resposta confirma que hoje temos
uma escola que já não atende mais ao tipo de clientela que temos. E que está na
hora de revermos nossos métodos de aprendizagem, e não nos determos apenas aos
Projetos de Ensino, no qual apenas o professor é o detentor do saber, pois no
Projeto de Aprendizagem podemos descobrir que nosso aluno sabe tanto quanto,
porém em áreas diferentes, de acordo com seus interesses e curiosidades. Dessa
forma a auto avaliação deverá ser permanente. Porém, o Projeto de Aprendizagem
demonstra ser mais trabalhoso para o educador que deverá ter suas certezas, e
um fio condutor daquilo que deseja de seu aluno. E os que desejam permanecer no
comodismo continuarão com o Projeto de Ensino Aprendizagem. Mas como educadora,
acredito que deveríamos nos dedicar a essa nova metodologia de ensinarmos e
aprendermos como nossos alunos, para sairmos da área de conforto e não ficarmos
presos ao conveniente, que é muito mais fácil.
sábado, 8 de julho de 2017
GESTÃO DEMOCRÁTICA ESCOLAR
É fundamental que nesse processo de mudança a escola busque a unidade entre a família, gestor, comunidade, professores, alunos, funcionários onde cada um sinta-se responsável em transformar a educação. Se realmente desejamos formar crianças que no futuro sejam indivíduos autônomos, criativos e participativos, precisamos hoje trabalhar a autonomia do próprio professor, levando-o a estabelecer relações democráticas em sala de aula, excluindo o autoritarismo com seus alunos, pois só podemos auxiliar as crianças a tornarem-se autônomas e com caráter democrático, por meio de atitudes e posturas das pessoas com quais elas convivem.
Gadotti e Romão (1997, p. 16) também afirmam que a participação influencia na democratização da gestão e também na melhoria da qualidade de ensino.
Todos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da escola, conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham, intensificar seu envolvimento com ela e, assim, acompanhar melhor a educação ali oferecida. (GADOTTI e ROMÃO, 1997, p. 16)
GADOTTI, M. I Seminário Internacional Itinerante de Educadores/ 2ª Jornada Pedagógica da Escola Cidadã – Grupo de Estudos e Organização de Eventos Políticos Pedagógicos. Alegrete e Uruguaiana, 1999.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM A EDUCAÇÃO?
O que está acontecendo com a educação???
Atualmente
como educadora, me questiono inúmeras vezes o que está acontecendo com nossa
educação? Pois, quando penso como era no meu tempo de escola, da maneira que eu
era como aluna, e como respeitávamos nossos professores, pois ele era sinônimo
de respeito e autoridade, não me conformo que chegamos ao ponto que chegamos.
Muitos veem com a desculpa que os tempos mudaram, realmente concordo que
mudaram, mas ainda tenho comigo que respeito é algo que trazemos de casa, e que
a escola não tem a função de educar o aluno, e sim de ensiná-lo, como
atualmente as famílias estão transferindo esse papel para as escolas.
Buscamos o tempo inteiro
resgatar nossos alunos para transformá-los num cidadão melhor, procuramos
modificar nossas estratégias para que consigamos prender a atenção do nosso
aluno, mas que dificuldades!
Afinal o que fazer? Os
jovens não querem mais assumir compromissos, estudar, acham que não vale a
pena. Atualmente como professora da disciplina de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental
e EJA, muitas vezes para eu poder dar uma aula tranquila é um estresse. Vai
contra os meus princípios ver alguns alunos trabalhando, e outros simplesmente
com fones no ouvido, cantando, brincando, mexendo com quem está quieto quando a
gente fala ainda questionam, dizem que não estão fazendo nada, dizem palavrões.
O que fazer com esse tipo de aluno? Se alguém sabe me diga. Pois alunos que
assinam atas o tempo todo, os pais são chamados constantemente, alunos que
mudam de escola por terem agredido o diretor, os professor, os colegas... Eles
tem lazer na escola, tem todas as vantagens que a escola oferece, são tratados
com respeito, carinho, afinal o que desejam? Será que temos que aguentar
realmente caladas? Sim porque ainda somos ameaçadas, com gestos, carros com pneus
furados, arranhados. E o pior é que esse aluno na maioria das vezes é aprovado,
sem ter feito nada, causando problemas o ano inteiro (pois a cada dia que passa
as leis os amparam). E quanto aos que se empenharam, o que eles pensam? Por que
se dedicar tanto, se preocupar tanto se o seu colega que não fez nada, vai ser
aprovado, porque tem que ter a chance, coitadinho..., porque são amparados pela
lei ou porque ele tem problemas na família... Gente não aguento mais ouvir
isso. A escola não pode virar um local de resolução dos problemas que existem
nas famílias, podemos levar em consideração sim, mas não podemos fazer da
escola um local de assistência social. Não temos mais tempo nem motivação para
lhes mostrar ou transmitir aprendizagem, mas aquela aprendizagem real da qual
ele precisará quando se deparar com um concurso, ou um vestibular ou até mesmo
uma proposta de trabalho. Muitas vezes me sinto impotente diante dessa
situação. Tenho vontade de chorar, de sair correndo. Penso que não há mais
dignidade, respeito, nem nas escolas, nem nas famílias. Segundo Piaget, o
respeito vem acompanhado de dois sentimentos, ou seja, só existe se existir
"amor e temor". E pelo que se percebe as famílias estão
desestruturadas, sem amor, se não existe amor não existe temor, seja por não
desejar magoar quem se ama, ou seja por medo realmente por errar, por ser
cobrado. Se não existe temos não existe o respeito. Não existe mais respeito
pelos pais com os filhos e vice-versa. As pessoas estão tão preocupadas com o
mundo mercadológico, que esquecem do real objetivo da vida. E assim nas escolas
acontecem os desrespeitos entre professores e alunos. Sim porque também existem
professores que por não gostarem de sua profissão acabam por não respeitarem
seus alunos. Mas o que fazer com quem ama e respeita que se vê em meio a estas
situações tão deprimentes? Que democracia é esta que tanto falamos e desejamos?
É essa a mudança que desejamos nas escolas? É essa liberdade de expressão que a
gestão democrática nas escolas deseja? Como resgatarmos, ou formarmos uma
verdadeira escola?
domingo, 2 de julho de 2017
APRENDIZAGEM NA VIDA ADULTA
"A educação é um “processo em que a criança ou o adulto convive com o outro e, ao conviver com o outro, se transforma espontaneamente, de maneira que seu modo de viver se faz progressivamente mais congruente com o do outro.” (MATURANA, 2001, p. 29)."
Acredito que durante nossa vida estamos num processo de constantes aprendizagens.O adulto, assim como a criança e o adolescente, não aprende ouvindo respostas prontas, ele inicia sua aprendizagem resolvendo problemas/conflitos, relativos ao mundo físico ou social em que vive, e levantando hipóteses sobre as transformações que devem ser implementadas. No processo educacional, sala de aula, precisamos estar sempre atentos para que possamos sempre oferecer aos nossos alunos experiências variadas. Situações que possibilitem trocas interpessoais, pois assim estaremos favorecendo novas aprendizagens. Eu, aluna do PEAD, sinto e sou um exemplo de que isto não é tarefa fácil, nem para o professor, nem para os alunos, pois construo minhas aprendizagens baseada em conceitos já existentes, de etapas vivenciadas por mim, anteriormente, e que neste momento, através de leituras, discussões em fóruns e a realização de atividades me fazem refletir e analisar sobre tais conceitos estruturados.
Estas trocas de idéias, vivências e experiências com os colegas, sobre os assuntos apresentados, é um processo que se dá, no mundo de convivência e ao mesmo tempo em no interior de cada um de nós, alunas do PEAD.
Somos o resultado das nossas permanentes transformações, nas trocas com o meio em que convivemos, e isto é construído ao longo dos anos, tendo cada sujeito o seu contexto e a sua história de educação.
Somos o resultado das nossas permanentes transformações, nas trocas com o meio em que convivemos, e isto é construído ao longo dos anos, tendo cada sujeito o seu contexto e a sua história de educação.
"A aprendizagem contribui para o desenvolvimento do ser humano na medida em que conduz à elaboração de novas estruturas de pensamentos melhor adaptadas. É no esforço para adaptar-se que o pensamento desenvolve-se. Segundo Piaget (1977, p. 24),"
Ao refletir minha história acadêmica, vejo o quanto estou crescendo e aprendendo com o curso. Tanto nos experimentos em sala de aula, em que aplico com os meus alunos, as técnicas aprendidas, como a cada tarefa que nos é apresentada, onde é exigido à análise e o nosso posicionamento perante determinado assunto, isto me faz crescer como aluna, pois estou construindo meu conhecimento através de minhas vivências e experiências, onde acredito estar aprendendo muito mais do que se estivesse no repasse de conteúdos prontos, como já vivenciei em outra universidade.
MATURANA, Humberto.Emoções e linguagens na educação e na política. Belo Horizonte:Editora UFMG,2001.
PIAGET, J. Equilibração das Estruturas Cognitivas. Lisboa: Dom
Quixote, 1977.
O QUE CARACTERIZA UMA ESCOLA DEMOCRÁTICA?
O contexto atual da educação debate sobre uma escola preparada para proporcionar um ensino de qualidade, respeitando a heterogeneidade e a individualidade da comunidade escolar. Uma escola que proporcione educação de qualidade para todos, visto que todo ser humano tem a capacidade de aprender de acordo com seus interesses e seu ritmo.As leis que regem a educação nacional, as teorias e práticas educacionais discutidas nas universidades,escolas, congressos, fórum, e reuniões tratam da melhoria do ensino no país e almejam uma escola de qualidade para todos, onde todos possam ter sucesso, ou como diz Mantoan (2003) consigam a “emancipação intelectual”.
A escola atualmente se depara com novos desafios, entre eles, o de estabelecer condições mais adequadas para atender a diversidade dos indivíduos que dela participam. Assumir, compreender e respeitar essa diversidade é requisito para orientar a transformação de uma sociedade tradicionalmente pautada pela exclusão. Para alcançar essa qualidade na educação, há a necessidade de renovar toda a estrutura educacional deixando para trás o ensino tradicional.Trata-se de propostas contemporâneas de transformação na escola que buscam torná-la um espaço para a formação de indivíduos capazes de elaborar e realizar seus projetos de vida. Tais propostas colocam os estudantes, desde cedo, no papel de definir, planejar, executar e avaliar projetos de seus interesses. A autonomia do estudante para elaborar e realizar seus projetos é acompanhada da sua participação na gestão escolar, que se constitui de forma aberta e democrática.
A concepção democrática de escola respeita o educando como ser único que constrói seu aprendizado, e é capaz de encontrar a melhor maneira para construir seus conhecimentos.O professor nessa concepção é o mediador, que proporciona vários meios de aprendizagem, caminha junto, e interfere nas horas necessárias.
A escola passa a ser administrada por toda a comunidade, buscando caminhos para torná-la cada vez mais competente e capaz de cumprir seu papel na sociedade.
De acordo com Freire (apud LUDWIG, 1998) uma educação voltada para a democracia deve possibilitar ao homem a discussão valente de sua problemática, de sua inserção nessa problemática, que o advirta para perigos de seu tempo, o fim de que, consciente deles, ganhe a força e o valor para lutar, em lugar de ser arrastado á perdição de seu próprio eu submetido ás prescrições alheias. Educação que o coloque em diálogo constante com o outro, que o predisponha a constantes revisões, a análises criticas de seus descobrimentos uma certa rebeldia, no sentido mais humano da expressão; que o identifique com os métodos e processos científicos.
A escola precisa mudar toda sua estrutura gerando uma participação efetiva da sociedade em todos os processos educacionais, integrando sociedade e escola. Mostrando aos indivíduos que a democracia pode ser construída e efetivada em uma sociedade, para isso é necessário viver a democracia dentro da escola, e preparar as novas gerações para desempenhar um papel verdadeiramente democrático.
Com base nisso, acredito também que a gestão democrática da educação no Brasil é um processo que deve primar pela participação de todos os elementos da comunidade escolar. Significa dizer que este processo deve envolver toda a estrutura do sistema educacional, pois deve permitir a emancipação social, onde os indivíduos participam e decidem democraticamente.
LUDWIG, Antonio Carlos Will. Democracia e ensino militar. São Paulo: Cortez 1998
MATOAN, Maria Teresa Ègler. Inclusão Escolar O que é? Por quê? Como fazer?. São Paulo: Moderna, 2003
AULA INAUGURAL:DISCUTINDO SOBRE LDBEN
Ao iniciarmos as atividades da Interdisciplina de Organização do Ensino Fundamental, a proposta foi de assistirmos o vídeo sobre a aula inaugural da Faculdade de Educação da UFRGS, com a fala do professor Carlos Roberto Jamil Cury, sobre o histórico, impasse e perspectivas da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDBEN).
Ele afirma que "Mexer na LDBEN é abrir o campo para novos retrocessos".
Eu concordo absolutamente com Cury, pois se formos analisarmos a trajetória , o antes, o durante e o depois desse marco regulatório da Educação Nacional, a LDB é uma conquista que precisa ser defendida , não só para nossos filhos e netos, mas por todos aqueles que lutaram antes de nós, pois tudo o que foi conquistado até agora, com estas reformas e projetos do governo, este está pondo tudo a perder.
Me questiono como educadora que legitimidade tem esse governo de fazer e propor reformas tão profundas, que mexe tanto com a vida das pessoas?
Quando Cury chama a atenção para a mudança recente do Ensino Médio, que foi por meio de Medida Provisoria, e segundo ele, desconfigura essa etapa de ensino pela separação entre educação profissional e acesso ao ensino superior, o que torna o acesso desigual, e eu como educadora me sinto cada vez mais desvalorizada, pois com essa gama de mudanças(uma mais absurda que a outra), não estamos mais formando cidadãos pensantes, e sim cidadãos despreparados, "emburrecidos", para enfrentar o mundo lá fora, sem falar que para iniciar na carreira acadêmica não vai ser mais preciso ter licenciatura, dessa forma nossa classe que já é sofrida, desvalorizada e em muitos casos, como estes que estão se apresentando com as novas mudanças, humilhadas, vai acabar se extinguindo por total.
ANÁLISE DOS PORTFÓLIOS DE APRENDIZAGEM
Iniciamos mais um semestre, é uma das propostas do Seminário Integrador V para este semestre é a análise dos Portfólios de Aprendizagens das colegas.
Nesta aula inicial discutimos a importância de visitarmos os Blogs das colegas, para conhecermos, termos ideias para a elaboração do nosso Blog.
Foi onde surgiu alguns relatos, assim como o meu, que muitas vezes não visitamos/olhamos os blogs das colegas por medo de pensar que estamos copiando o que a colega faz no seu blog.
Foi onde o professor Credine nos mostrou e esclareceu o contrário,que esta visita é importante sim, para nossas aprendizagens, tanto que elaborou uma atividade em dupla neste semestre que teremos que fazer a análise do blog de uma colega.
" Independente dos diferentes conceitos e significações, os portfólios consistem
em coleções determinadas de atividades dos estudantes(DANIELSON;ABRUTYN,1997), demonstrando um conjunto de atividades com propósitos específicos, oportunizando ao professor e ao estudante refletirem a cerca de seus trabalhos."
DANIELSON, C; ABRUTYN, L. An introduction to using portfolios in the
classroom. Alexandria, VA: ASCD, 1997.
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