terça-feira, 29 de maio de 2018

O QUE É CURRÍCULO? E CURRÍCULO INTEGRADO?


Será que você já parou para pensar como as escolas decidem o que será aprendido por seus alunos em cada etapa de sua formação?
Pois o currículo escolar é, em linhas gerais, justamente isso. Ou seja, a distribuição dos conteúdos a serem estudados e das atividades a serem executadas pelos estudantes em todo o percurso pelo ensino básico.

Já currículo integrado, pode-se então denominar o ensino integrado as alternativas de ações pedagógicas que buscam criar condições e ambientes nos quais os alunos e alunas se vejam motivadas para investigar, indagar e aprender.

 Um currículo integrado, nas palavras de Santomé (1998,p.27):

“O currículo integrado converte-se assim em uma categoria “guardachuva” capaz de agrupar uma ampla variedade de práticas educacionais desenvolvidas nas salas de aula, e é um exemplo significativo do interesse em analisar a forma mais apropriada de contribuir para melhorar os processos de ensino e aprendizagem”.

Referências:

http://novosalunos.com.br/entenda-a-importancia-de-um-curriculo-escolar-diferenciado-na-formacao-do-aluno/

SANTOMÉ, J. T. (1998). Globalização e Interdisciplinariedade – o Currículo Integrado; trad. Cláudia Schilling - Porto Alegre: Editora Artes Médicas Sul Ltda. 

segunda-feira, 28 de maio de 2018

PLANEJAR PARA QUEM?


Planejar é uma atividade inerente ao trabalho do professor, que exige dele um trabalho de reflexão sobre o ensino e sobre a aprendizagem. Nos dias de hoje planejar uma aula que atenda a aprendizagem dos nossos alunos é imprescindível, uma vez que muitos professores só escolhem atividades que acham interessantes, e esquecem de fato dos objetivos para aquela aula.
O maior desafio da educação nos dias de hoje é fazer com que nossos alunos aprendam o que realmente queremos que eles aprendam em nossas aulas. No entanto, há que se levar em conta que muitas dessas aulas realmente são desestimulantes e não correspondem às expectativas de aprendizagem. Nesse sentido, se faz necessário refletir sobre a aula, mais especificamente, como ela vem sendo preparada e planejada para oferecer um ensino de qualidade e garantir um aprendizado efetivo.Então, sempre que vou fazer um planejamento me faço a seguinte pergunta:

Como o planejamento de aula se torna um instrumento que garanta a aprendizagem dos nossos alunos?

Ao planejar é preciso levar em consideração a realidade vivida pelos educandos, a cultura, as condições de vida, as relações sociais, através de um planejamento interdisciplinar que oportunize o desenvolvimento global do aluno possibilitando ações como: experimentar, experienciar, imaginar e problematizar. Vimos que infelizmente para muitos educadores o planejamento ainda é visto como um ato meramente burocrático. Segundo Gandin: "Planejamento é elaborar – decidir que tipo de sociedade e de homem se quer e que tipo de ação educacional é necessária para isso; verificar a que distância se está deste tipo de ação e até que ponto se está contribuindo para o resultado final que se pretende; propor uma série orgânica de ações para diminuir esta distância e para contribuir mais para o resultado final estabelecido; executar – agir em conformidade com o que foi proposto e avaliar – revisar sempre cada um desses momentos e cada uma das ações, bem como cada um dos documentos deles derivados" (GANDIN, 1985, p. 22).
Em contraponto a isso vemos “professores que são negligentes na sua prática educativa utilizando de improvisações para a realização de suas atividades em sala de aula” (RODRIGUES 2012, p.2). Essa falta de comprometimento com o planejamento leva o professor a uma aula improvisada, com atividades escolhidas sem intencionalidades pedagógicas concisas, que não constituem significado para a aprendizagem dos alunos (SANTOS, 2013). Sabemos que atividade de planejar deve permear todo o trabalho docente de ensino tendo em vista a aprendizagem dos alunos em tempos e espaços organizados (...).Tais ações devem ser descritas metodologicamente e apontar intencionalidades educativas, bem como mecanismos de verificação que revelem se elas foram alcançadas ou não. Nesse molde temos como produto inicial de uma atividade docente o plano de aula.
Quando o planejamento não se consolida, na prática docente, como instrumento de garantia de aprendizagem, o convertemos em um objeto de ativismo pedagógico, insuficiente para aprender. Ou seja, quando o professor se preocupa em escolher atividades que considera interessante para aplicar em sala de aula, que esteja relacionada o conteúdo trabalhado, sem pensar no objetivo da aprendizagem e muito menos em como avaliar se ela realmente se efetivou ao final da aula, torna o ensino desvinculado da aprendizagem (1999, apud ZANON e ALTHAUS, 2010). 

Referências:

GANDIN, D. A prática do planejamento participativo. Petrópolis: Vozes, 1994.
RODRIGUES, M. A importância do planejamento pedagógico. 2012.  Acesso  2018.
SANTOS, P.R.S.; SANTOS, S.R.S. O professor e sua prática - do planejamento às estratégias pedagógicas. Acesso em 2018. 
ZANON, D.P.; ATHAUS, M.T.M. DidáticaII. Ponta Grossa: UEPG/NUEAD, 2010.

CENTROS DE INTERESSE

De acordo com Bassan (1978, p.17), "os centros de interesse", são um processo de ensino que consiste agrupar à volta dum mesmo assunto que interessa à criança um conjunto de noções a aprender, de mecanismos a montar, de hábitos a adquirir, condição do perfeito desenvolvimento do ser no meio em que vive e ao qual ele se adapta. A técnica dos Centros de Interesse - ao mesmo tempo livre e orientada pelo educador, principalmente aplicada a aquisição de conhecimentos, serve também para a educação psicológica, ao despertar do sentido social e à formação moral".

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Decrloy e seus colaboradores sistematizaram algumas necessidades primordiais das crianças, conforme podemos observar no esquema acima:
A teoria deve vir acrescentar na prática do professor. Ela não sobreviveria em si mesma, pois em educação o refazer diário é uma constante para que haja aprendizado.
Dentro deste processo a cooperação e a autonomia fazem as oportunidades para o professor e os alunos aprenderem a produzir e não somente reproduzir.


Os centros de interesse quebram o protocolo, pois segundo Amato:

 "Centros de Interesse são agrupamentos de conteúdos e atividades educativas realizadas em torno de temas centrais de grande significação para a criança".

Os temas a serem trabalhados surgem da vida social, do lar, das problematizações, etc., oportunizando aprendizagens em mais de uma área. O aprendizado dá-se pela investigação, desestabilização, através das quais a criança constrói seu conceito mediante muitas intervenções (de colegas, professores, investigações grupais e individuais), capacitando-a para a resolução de problemas diários.

Características dos centros de interesse:

* Satisfazem interesses do educando, oportunizando-lhe situações de melhor integração ao seu meio;
* Estão relacionados a fatos de seu cotidiano;
* Criam situações para construções de aprendizagens básicas;
* Mobilizam para a realização de experiências concretas;
* Respeitam ritmo e possibilidades individuais, com propostas diferenciadas e específicas;
* Promovem a afetividade na escola;
* Despertam a curiosidades do aluno, estimulando descoberta, criatividade, participação e iniciativa;
* Facilitam o aluno na compreensão da importância de seu desempenho, perante a escola, família e sociedade;
* Promovem o despertar para o sentimento de respeito ao outro, à natureza com seus recursos e ao trabalho.

O trabalho do professor em centros de interesse, preserva seus espaços e tempos para estabelecer os interesses de seus alunos, produzir materiais e propostas integradas, organizando tarefas específicas, além de avaliá-los integral e continuamente.
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Referências:

BASSAN, Valdir José. Como interessar a criança na escola. Coimbra: Almedina, 1978.

CINEL, Nora Cecília Bocaccio. Centros de Interesse: estratégia utiliza Multidisciplinaridade para o desenvolvimento global. Revista do Professor, Porto Alegre, n. 78, ano 20, p. 32-36, abr./jun. 2004.

terça-feira, 1 de maio de 2018

A ESCOLA ESPACIAL






Em nosso primeiro encontro na interdisciplina Didática, Planejamento e Avaliação tivemos uma proposta criativa e motivadora que nos fez refletir e discutir sobra a instituição Escola.
A proposta foi de sermos convidadas por seres extraterrestres para criar uma escola no planeta deles.
Com intenção de remeter a Ágora (assembleia, lugar de reunião- um termo Grego que significa a reunião de qualquer natureza,geralmente empregada em Homero, como reunião geral de pessoas:espaço público, democrático de exercício da cidadania) que apresentamos nossa atividade em círculo.
Nosso grupo entende que para a instituição de uma escola neste novo planeta, é preciso conhecer as necessidades e os propósitos desse povo, chamá-los para dialogar. Assim estabelecer uma atuação dentro da participação inclusiva, onde a observação e o envolvimento estejam presentes para a concepção desta desta escola que ali se estabelecerá. Os conceitos estruturantes da escola que nosso grupo auxiliaria a construir partem de uma pratica que respeite as necessidades que possibilite novas aprendizagens, promovendo a colaboração mútua.