segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

FOTOS E MEMÓRIAS


"Uma memória organizada por fotos se apresenta como possibilidade de aprendizagem ou indica possibilidade de manipulação?
Após as leituras propostas, concluo que uma memória organizada por fotos se apresenta como uma possibilidade de aprendizagem, e não como uma possibilidade de manipulação, até porque a fotografia pode ser, e é um de nossos comprovantes de memória docente quanto educadores, pois eu como educadora estou sempre fotografando minhas atividades, como modo de registro e lembrança.
Segundo os autores, no livro A Fotografia como Objeto e Recurso de Memória:    “ Fotografar significa congelar no tempo a nossa memória, atestar e perpetuar a nossa existência. Este é o mais popular e talvez o mais antigo uso da fotografia: parar no tempo e no espaço algo, que para nós tenha sido provavelmente importante ou simplesmente agradável, familiar, bonito, atraente.

(...) Fotografamos para ver depois, para sentir o que sentimos no instante da captura, sentir o próprio momento passado no presente.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

DIFERENTES FORMAS DE VIVENCIAR OS TEMPOS DE APRENDIZAGEM

A parir da leitura proposta, fica evidente que estabelecer a correspondência entre passado e presente passou a ser um dos objetivos da disciplina. Hoje não se concebe o estudo histórico sem que o professor apresente diferentes abordagens do mesmo tema, fato ou conceito, iniciativa importante para que o aluno perceba que, dependendo da visão e da intenção de quem conta a história tudo muda.
Durantes as aulas, é impossível apresentar todas as maneiras de ver a história, mas é fundamental mostrar que ela não é constituída de uma única vertente (e que, até mesmo dentro de uma delas, deve haver várias interpretações). Nós professores devemos favorecer o acesso a documentos, reportagens de jornais e revistas e a outras fontes. O contato com essa diversidade leva, o “aluno” a ter uma visão ampla e integrada da história. Além de textos, é recomendável que a turma consulte sites confiáveis, assista a filmes e documentários, visite museus, faça entrevistas, represente através de teatro o conteúdo estudado. Tudo com planejamento e registro para que seja possível fazer uma avaliação minuciosa do processo.

Nós como educadores devemos compreender que a sala de aula constitui um centro de pesquisa, e que nela não só se ensina como também se aprende. Devemos trazer novidades para a sala de aula, e procurar meios para conseguir fazer o passado, tão antigo, em objeto novo. Deve-se saber o perfil e o contexto social dos nossos alunos, para assim elaborar a aula de acordo com a realidade deles, fazendo o aluno sentir-se enquanto parte integrante de um processo histórico e criador de sua própria história.

TEMPO E ESPAÇO EM SALA DE AULA




Para o professor, na atualidade, o tempo de sala de aula deixa de ser aquele tempo de cumprir com as suas obrigações, de realizar atividades que se destinam a preencher a carga horária?
Sim ou não? Por quê?

Sim, porque a mudança na noção do tempo, que deixa de ser pensado de forma linear para ser considerado simultâneo, é uma das marcas da Atualidade que mais nos instiga. O tempo se dá pela concomitância dos acontecimentos e não mais por sua expansão para o futuro.

Nessa perspectiva, a escola deve constituir-se, portanto, de ambientes vivos com diferentes representações, sentidos e significados. Sua organização espaço/temporal deve considerar a pluralidade de vozes, de concepções, de experiências, de ritmos, de culturas, de interesses, etc. A escola, por seu currículo e por sua dinâmica, deve conter em si a expressão da convivialidade humana, em toda a sua complexidade.
Não se trata, pois, de abandonar a dimensão do tempo cronológico e dos espaços formais na organização da escola. Trata-se de reconhecer e considerar que cada sujeito tem seu ritmo próprio de aprendizagem e, portanto, um modo singular de pensamento, movimento e ação, e que essa aprendizagem só ganha sentido na relação que esse sujeito estabelece com o outro, com o conhecimento e com o mundo. À escola cabe o papel de integrar, por intermédio de sua dinâmica curricular e pedagógica, os tempos e os espaços individuais aos coletivos.
O desafio é constituirmos a escola num outro tempo, num tempo da Atualidade, onde o foco no presente nos faria viver cada momento como um acontecimento, sem pretensões de somar o número de aprendizagens para quantificá-la ao final do ano letivo, onde a vivência do processo educacional fosse prazerosa cotidianamente. A mudança que se requer é no como vivenciamos, os tempos de aprendizagem e pedagógico independentemente do tempo de permanência que temos, alunos e alunas, professores e professoras, na escola. “Um tempo para se pensar juntos, para decidir, coletivamente, o que fazer, como fazer, porque fazer [...] Um tempo [...], que podia ‘ser tempo de criação’ e não o que se vivia nos últimos anos [...] tempo de repetição” (SAMPAIO, 2002, p.190). Poderíamos assim, romper com os espaços repletos de confinamentos vividos na Modernidade. A escola não se preocuparia mais com quem está “dentro” ou “fora” dos padrões estabelecidos como normais.

A DIFERENÇA ENTRE O VER E O OLHAR


“ Só podemos ver quando aprendemos que algo não está à mostra e podemos sabê-lo. Portanto, para ver , é preciso pensar.Olhar está implicado ao sentido físico da visão. Costumamos, todavia, usar a expressão olhar para afirmar uma outra complexidade do ver. Quando chamo alguém para ver algo espero dele uma atenção estética, demorada e contemplativa, enquanto ao esperar que alguém olhe algo, a expectativa se dirige à visualização, ainda que curiosa, sem que se espere dele o aspecto contemplativo. Olhar é reto, ver é sinuoso. Olhar é sintético, ver é analítico. Olhar é imediato, ver é mediado. A imediaticidade do olhar torna-o um evento objetivo”. (Aprender a pensar é descobrir o ver Marcia Tiburi).

Baseado no trecho acima, venho relatar minha experiência pessoal como educadora, onde sei que em muitos momentos de minha vida como docente, principalmente no início, quando não tinha nenhuma experiência de como era uma sala de aula, e seus reais problemas, pude vivenciar experiências que atualmente digo que foram apenas falta de um “olhar”. Quando iniciei minhas atividades docentes eu apenas “via” meus alunos, assim como via uma pessoa/objeto “qualquer”, via rapidamente, até porque em uma sala de aula com 30 alunos, seria impossível ver um a um, via friamente, por cima, sem interesse, sem prestar e dar a devida atenção que alguns precisavam. Mas com o decorrer do tempo comecei a perceber que alguns se sobressaíam e outros nem tanto, então para estes com maiores “dificuldades”, eu não podia apenas vê-los, e sim “olhar” de um modo mais profundo, observador, reflexivo, humano, caloroso, e principalmente, saber o que acontecia consigo e com o mundo a sua volta.
E me veio a pergunta de quantas vezes em nosso dia a dia olhamos para nossos alunos, suas famílias e principalmente, nós mesmos??? Se estamos agindo da maneira correta ao ensinar nossos alunos???
E cheguei à conclusão, que devido a correria do dia a dia, as inúmeras tarefas, acabamos tendo pouco tempo para esta pausa/reflexão, acabando por “ver” muitas coisas, mas “olhar” para poucas.
Por isso, acredito que para desenvolvermos por completo nosso papel de educadores, precisamos muito mais que um conteúdo programático ou método de ensino a seguir, e sim “olhar” para nossos alunos, de tal modo que possamos perceber, existir, conviver, tolerar, enfim, colocar-se no lugar do outro, fazendo assim a diferença na vida do nosso aluno.




quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

CIÊNCIAS E A VIDA SUSTENTÁVEL



" A natureza, e não o homem, é a fonte de todo o conhecimento. Cabe ao homem desvendá-la" (pg 171.Livro:O Índio Brasileiro: O que você precisa saber sobre os povos indígenas no brasil de hoje)


Quando ouvimos falar em sustentabilidade, crise ambiental, educação ambiental, entre outros assuntos referentes ao meio ambiente, temos que ter em mente que a sustentabilidade nada mais é que o uso de recursos renováveis de forma qualitativamente adequada e em quantidade compatíveis com a sua capacidade de renovação, em soluções economicamente viáveis de suprimento das necessidades, além das relações sociais que permitem qualidade de vida adequada a todos. Para que isso ocorra, é preciso urgentemente investir numa mudança de mentalidade, conscientizando as pessoas da necessidade de adotar novas posturas diante dessa "crise ambiental".Nesse contexto fica evidente a importância de educar as pessoas para que ajam de modo responsável e com sensibilidade, conservando o ambiente saudável no presente e para o futuro, saibam exigir e respeitar os direitos próprios e da comunidade, modificando-se tanto interiormente como pessoas, quanto nas suas relações com o ambiente.Tenho convicção como educadora e perante a escola, que para os alunos compreender a complexidade e amplitude das questões ambientais, é fundamental oferecer-lhes a maior diversidade possível de experiências, contatos com diversas realidades, proporcionando um ambiente saudável e coerente com aquilo que ela pretende que seus alunos aprendam, para que possa de fato, contribuir para a formação de identidade como cidadãos conscientes de suas responsabilidades com o meio ambiente, e capazes de atitudes de proteção e melhoria em relação a ele. Nunca esquecendo que a escola não é o único agente educativo, e que os padrões de comportamento da família e as informações veiculadas pela mídia exercem especial influência sobre adolescentes e jovens.

CIÊNCIAS DA NATUREZA X CONSTRUÇÃO DE IDEIAS PARA O MUNDO




Ao assistir os videos propostos e fazer a leitura do material, fica subtendido que as crianças desde cedo precisam conhecer e interpretar os fenômenos naturais, situando-se no Universo em que estão inseridas e interpretando a Natureza.
Deve-se considerar que as crianças adoram aprender. Portanto, é vital que os professores levem em consideração que as crianças, mesmo antes de frequentar a escola, manifestam um interesse muito grande pelas coisas da natureza, apresentando curiosidades, demonstrando interesse para descobrir como as coisas funcionam e repetindo suas dúvidas e porquês. A criança mostra curiosidade pelo ambiente em que vive. Assim ao estudar o ambiente, ela estará se envolvendo em situações reais com as quais está familiarizada.
Acredito que nossa prática pedagógica deve oportunizar, para além do exercício da verbalização de ideias, discutir as causa e fenômenos, entender os mecanismos dos processos que estão estudando, analisar onde e como aquele conhecimento apresentado em sala de aula, está presente em sua vida e, sempre que possível relacionar as consequências/implicações destes conhecimentos na sociedade.

CLASSIFICAR É FAZER CIÊNCIA?

Em 1941, Piaget e Szeminska, numa obra chamada A gênese do número na criança, afirmaram que a noção de número consiste na síntese entre a classificação e a seriação.  
Em 1946, em Biologia e Conhecimento, Piaget afirma que “A lógica [...] não se reduz [...] a um sistema de notações inerentes ao discurso ou qualquer tipo de linguagem. Consiste [...] em um sistema de operações [...] e a origem destas operações deve ser procurada muito aquém da linguagem, nas coordenações de ação” (p.16). E complementa que “[...] um esquema admite sempre ações do sujeito (do organismo) que não derivam, como tais, das propriedades do objeto” (p.18).
Na aula presencial de matemática, foi realizada uma atividade chamada "Promoção no mercadinho". Por meio dela, foi trabalhada a classificação.  Agora, vamos voltar à classificação, mas trabalhando à luz da Representação de Mundo pelas Ciências Naturais, onde realizei a atividade de classificação com meus alunos do 6º ano.
Por serem alunos “maiores”, desenvolvi a atividade da forma de um trabalho avaliativo, onde os alunos reuniram-se em grupos de 3 pessoas para o desenvolvimento da atividade. Formaram-se 6 grupos:
· 3 grupos classificaram os itens por preços (do mais barato ao mais caro);
· 2 grupos classificaram os itens por tipos de alimentos (bebidas, alimentos e utensílios do lar);
· 1 grupo classificou por ordem alfabética. 
Foi uma atividade produtiva e diferenciada, onde os alunos se empolgaram tanto que pareciam os verdadeiros “estoquistas” do mercado, onde de forma lúdica” estavam aprendendo.
Respondendo à pergunta: Classificar é fazer ciência?
Ao assistir o vídeo proposto “História da química, tabela periódica”, chego à conclusão que classificar é fazer ciência, pois o homem com a necessidade de dar nome a tudo o que ele conhece e para organizar esses conhecimentos, assim o fez, com a tabela periódica por exemplo, onde ele próprio escolheu os critérios para a classificação, e com as várias tentativas através dos anos, chegou ao modelo atual.