terça-feira, 28 de novembro de 2017

RECORTE DA REALIDADE

Farei um breve relato baseado em mim como aluna, talvez, não tão antiga como no século passado, mas que já podemos ver/notar visivelmente como era antes, como funcionava, e como é hoje, como funciona nossas escolas.
Imagine quanta diferença há na cabeça de um professor que aprendeu a raciocinar e escrever com lápis e caneta, e do aluno que já nasceu digitando seu tablete.
Imagine quanta mudança é para o professor que formava fila para cantar o hino nacional na escola enquanto assistia a bandeira ser hasteada, ver os alunos que hoje sequer sabem cantar o hino nacional, e enquanto cantam não tiram o boné em sinal de respeito.
O aluno para falar ou levantar-se antigamente em sala de aula precisava pedir licença para o professor, e este permitir, hoje vimos os alunos saírem e entrarem na sala de aula, sem sequer ao menos pedir para o professor.
Antigamente as escolas eram feitas aos moldes militares, com muros altos pra ninguém fugir, com toques para anunciar o início e o fim do recreio. Atualmente os alunos quando não querem assistir aula, “matam”/gazeiam o período, e quando  termina o recreio ficam no pátio além do horário , sem respeitar o horário de entrada.
Em uma de suas aulas, um colega foi surpreendido quando um aluno usou o celular para acessar a internet e esclarecer uma dúvida que ele havia prometido responder apenas na aula seguinte. Não muito diferente de nós antigamente, que tínhamos acesso a biblioteca da escola para fazer pesquisas e trabalhos.
Então, com este fato ocorrido, podemos concluir que a informação hoje não está mais só com o professor. O professor hoje tem que ser muito mais um papel de tutor/auxiliar, que vai qualificar esse conteúdo que está na rede, ajudando o aluno nessa caminhada. O aluno não vai mais aguentar alguém falando por uma, duas, três horas como antigamente, só escutando.
O ensino baseava-se na memorização e, ao contrário do que por vezes se pensava, aprendia-se muito menos do que se aprende hoje, pois as crianças nascidas na “era digital” vivem em meio a este hiper-estímulo de forma absolutamente natural, elas pesquisam, analisam, processam e aprendem mais rápido que as gerações anteriores.

BIBLIOGRAFIAS:


BECKER, FERNANDO. Educação e construção do conhecimento – 2ª ed.- Porto Alegre: Penso,2012.

Nenhum comentário:

Postar um comentário