domingo, 29 de novembro de 2015

DESAFIOS DA PRÁTICA PEDAGÓGICA

Após assistir os vídeos propostos sobre Emília Ferreira e ler o material sugerido, concluo que os ensinamentos da autora são enriquecedores para analisarmos como está sendo nossa prática pedagógica e principalmente para aprimorá-las depois do estudo.


Psicogênese da Língua Escrita, segundo esse método Emília afirma que todos os conhecimentos têm uma gênese, explicitando quais são as formas iniciais de conhecimento da língua escrita. Por meio de revistas,de sua teoria, explica como as crianças chegam a ser leitoras, antes de sê-lo. Ao contrapor-se à concepção associacionista da alfabetização, a Psicogênese da Língua Escrita apresenta suporte teórico construtivista, no qual o conhecimento aparece como algo a ser produzido pelo indivíduo(criança), que passa a ser visto como sujeito e não como objeto do processo de aprendizagem.
Segundo a autora, a alfabetização é um processo de conhecimento que se inicia muito cedo e nunca termina. A criança constrói hipóteses  a respeito do que deseja ler e escrever, portanto ele não espera chegar a idade certa ou que alguém se disponibilize a ensiná-la, mas vai aos poucos, naturalmente,se alfabetizando, como diz Emília a criança não pede permissão para aprender.E é através da leitura, das diversas informações e contextos oferecidos, através de revistas, cartazes, televisão,placas, por isso a importância de estimular sempre a leitura, onde podemos ler para nossos alunos, montar teatros, oportunizar momentos de leitura na biblioteca da escola.....

QUAL O PAPEL DA ESCOLA HOJE E QUAIS DESAFIOS PARA FORMAÇÃO DO PROFESSOR?

Após as leituras dos textos "Maquinaria Escolar" e "Desencantos da Modernidade Pedagógica", a proposta foi fazer uma reflexão sobre o papel da escola hoje, minhas perspectivas numa sociedade multicultural e tecnológica e os desafios para formação do professor.
O papel da escola se modificou ao longo dos anos acompanhando os avanços e necessidades da sociedade, mudanças essas que foram muito significativas em nossa sociedade.
Novas formas de organização da sociedade foram surgindo, fazendo com que desaparecessem os interesses comuns aos membros de um determinado grupo, assim o processo educativo que era único passou a ser dividido pela desigualdade econômica, separando os burgueses dos trabalhadores. Muito embora, houvesse ocorrido esta fragmentação da educação no passado, impostas pelo capitalismo, atualmente nos vemos diante da escola como fator social influenciada pelas transformações do homem e da sociedade.
Não muito distante, mas já na minha época de estudante, nos anos oitenta, a educação era uma atividade dinâmica dentro da sociedade e a escola uma instituição respeitadíssima. A escola e os professores eram respeitados em qualquer debate ou assuntos referentes aos dois e o governo investia consideravelmente no setor educacional.
Com certeza nossos alunos hoje teriam inveja se soubessem que tínhamos quatro meses de férias (julho, agosto,janeiro e fevereiro), tantos nas escolas particulares como nas públicas, e o ensino tinha qualidade.As escolas públicas tinham a mesma qualidade das particulares, ou sem medo de errar a pública tinha uma qualidade superior.Só o que diferenciava a clientela das duas, era que nas particulares a clientela eram os ricaços/elite.
O programa que hoje mantém as escolas públicas são muito parecidos com os de antigamente, inclusive sempre existiu merenda escolar, só que de outras formas, com outro nome.
Sem falar que nossos professores tinham status de autoridade. Aí de quem desrespeitasse um professor. Expulsão na certa da escola e a transferência constava a infração do aluno exemplificando o ato para quando chegar na outra escola saber qual o motivo, caso fosse agressão ao professor geralmente não era aceito.Geralmente só aceitavam esse tipo de alunos as escolas particulares.Ao contrário de hoje,tudo que é aluno indisciplinado jogam na rede pública de ensino, um Deus nos acuda, sem falar na falta de respeito e até muitas vezes os casos de agressões contra os professores, tornando a escola pública uma vergonha aos muitos que precisam dela.
Quem viveu no passado a educação e vive a realidade de hoje fica realmente horrorizado com o que vê.
Escolas sucateadas, professores desvalorizados, submissos, despreparados, o clientelismo político determina o funcionamento da escola e comanda a direção e professores, corrupção profunda sendo aceita pela comunidade escolar, viram o rosto esquivando-se da responsabilidade social de combater esse mal.Violência , impunidade, tráfico de drogas, assaltos constantes ao patrimônio escolar fazem parte do nosso cotidiano. Ninguém fiscaliza ou toma providências sérias com fiscalização, investigação ou punição dos culpados. 
Quem perde e quem ganha com isso? Perdem todos que precisam de educação de qualidade para se preparar para a vida e ganham os corruptos políticos, traficantes, ladrões...que estão tirando o direito a uma educação digna para os menos favorecidos financeiramente.
Em suma, é evidente e inquestionável que a escola tenha sua corresponsabilidade social, pois compete a esta promover a inclusão, o respeito, à diversidade, o caminho para construção da consciência crítica e ética para desenvolver integralmente sua personalidade enquanto cidadão, tornando-se mais pensante e crítico, despertar para construção do “EU” e a descoberta do “OUTRO”, mas antes dela, compete a família, instituição, primeira na vida da criança desenvolver a afetividade, a sensibilidade, o respeito, os limites, o conviver. A educação ainda é o caminho para a construção de uma sociedade mais igual, mas esta é o meio, o princípio continua sendo a família. 






ORGANIZAÇÃO DO TEMPO

A proposta do professor Crediné hoje foi nossa organização do tempo, diante de tantos compromissos, tarefas que teremos que realizar no decorrer do curso.
Quando comento que estou fazendo outra faculdade, as pessoas falam que sou "louca" por trabalhar 60 horas semanais e ainda arrumar tempo para faculdade, perguntam senão durmo???Como consigo preparar aulas, corrigir provas, cuidar de casa,marido, filho???Então, respondo com uma frase que meu pai(in memorian) costumava sempre me falar:"Quanto menos tempo temos,mais tempos arrumamos", e assim vou me virando.




Primeiramente o professor distribuiu uma tabela, onde deveríamos distribuí-la durante todo nosso dia, desde a hora que levantamos até a hora que dormimos, os 7 dias da semana. 
E deveríamos nesta distribuição, dispensar 20 horas semanais para os estudos do curso.Olha!!!Posso dizer que de uma tarefa fácil que considerei no primeiro momento tornou-se tarefa difícil.
E ao final consegui dispor as horas desejadas para o curso, mas sei que terei que abrir mão de muitas coisas, como muito já fiz em minha vida, mas em nenhum momento me arrependi.Hoje por exemplo, é domingo e passei o dia todo  realizando os trabalhos da faculdade, não tive lazer com minha família, mas Graças à Deus tenho uma família maravilhosa que me apoia e torce pelo meu sucesso, pois o meu sucesso será o deles também.




MÍDIA E CONSUMO NA PRODUÇÃO DA INFÂNCIA PÓS MODERNA




Ao realizar a atividade e ler os materiais sugeridos pude perceber como a mídia tem influenciado na vida da pessoas, principalmente de nossas crianças e jovens, e o que determina essa aquisição, tempo de duração e descarte dos objetos(artefatos)"consumidos" são os significados a eles relacionados.Geralmente esses "objetos" possuem "MARCAS" que dá um significado/valor maior ao produto, tornando-se para nossas crianças um símbolo cultural, ícones mercantis, que se caracterizam pela provisoriedade e instantaneidade, que de algum modo influencia no modo de viver, pensar,agir de nossas crianças.
A televisão estimula a imaginação, vende imagens e desejos, criando assim necessidades,padrões,exigências,significados novos para nossas crianças, pois o que passa na TV que é "moda", e aqui digo que ela estimula não só o consumo de bens materiais, mas também, e principalmente, de significados e representações que promovem desejo e processos de identificação.Percebo que os pais de hoje estão cada vez mais cedendo aos caprichos de consumismo dos filhos, pois por muitas vezes passarem a maior parte do tempo fora trabalhando, acham que dar aos filhos tudo o que eles querem e pedem vai suprir aquela falta(ausência), enchendo os filhos de brinquedos, roupas de marcas...E acabam esquecendo realmente do que seu filho precisa, que é brincar, pais que ajudem nas tarefas escolares, que participe da vida dos filhos, de amor,carinho e principalmente atenção!!!!
E como percebemos no ambiente escolar quando um aluno está deficiente da atenção e presença dos pais, porque eles fazem tudo para chamar a atenção. Vivo isso todos os dias em sala de aula, com dois alunos o Mateus e Yuri, que em sala de aula não realizam as atividades, conversam o tempo todo e quando peço para realizarem as atividades ficam resmungando.Conversei com a orientadora da escola, para saber um pouco mais sobre eles para saber como lidar, foi quando em seus históricos soube que tudo isso que faziam era para chamar a atenção.

sábado, 28 de novembro de 2015

COMO VOCÊ ESCOLHEU SER PROFESSORA/PROFESSOR?


Nesta aula fizemos um apanhado da história da educação e discutimos sobre a profissão docente. E a atividade proposta foi de fazermos um vídeo para justificarmos a nossa escolha em relação a profissão de professor.
E nada melhor que o vídeo para justificar minha resposta.






E posso afirmar com certeza, que com toda problemática que a classe vem  atravessando, em todos os sentidos, financeiro, moral, ético...não me arrependo de ter escolhido está profissão para minha vida.









EDUCAR UMA INFÂNCIA PÓS - MODERNA

Nesta aula a proposta foi elaborar um texto crítico/reflexivo com base nos materiais de apoio propostos,  sobre "Educar uma infância pós-moderna".


 
            O que vemos atualmente é que a TV é um meio de comunicação social, ou de uma linguagem  audiovisual específica ou ainda na condição de simples eletrodoméstico usado por nós, que tem uma participação decisiva na formação de pessoas, mais enfaticamente, na própria constituição do sujeito contemporâneo, ou seja, cultura atual.
            Portanto, a mídia televisiva é um meio que atinge ativamente na constituição social, da política e da cultura. Desta forma, é um destacado objeto de pesquisa, do qual a educação deve se aproximar e com o qual deve interagir, posto que ela é também parte destacada da sociabilidade contemporânea.
            Entendo que a escola (o ambiente escolar) precisa interagir com urgência com estes meios de comunicação midiáticos, e destacar essa interação como um ser importante no  campo de estudo, em uma época onde os meios tecnológicos interferem diretamente nos processos de informação, de aprendizagem, de socialização e de construção de identidades.
            É importante e necessário uma conexão positiva entre os meios de mídia e a educação, para que as áreas de educação e de comunicação possam trabalhar/contribuir de forma positiva e construtiva para o crescimento e desenvolvimento do caráter e personalidade do nosso "futuro cidadão", superando o distanciamento hoje existente e que não cabe mais em um contexto contemporâneo tão complexo e marcado pela tecnologia da informação, isto é, nós professores precisamos nos adaptar a essas novas tecnologias e inovar, adaptar nossos conceitos, maneiras e modos de interagir com nossos alunos "pós-modernos".

CONCEITO DE INFÂNCIA


A aula inaugural de Infâncias foi maravilhosa, onde discutimos os desafios atuais de pensar as infâncias, e também fizemos um paralelo da infância antiga com a infância contemporânea. E ao final da aula nos foi proposto uma reflexão do encontro, e a partir daí elaborar um conceito de infância, podendo consultar outras fontes de pesquisa.
É só na Idade Moderna, que as crianças passaram a ser vistas como um ser social, assumindo um papel central nas relações familiares e na sociedade, tornando-se um de respeito, com características e necessidades próprias. É durante o processo de aquisição do conhecimento ela deve ser vista como um ser pleno, cabendo a ação pedagógica reconhecer suas diferenças e construir sua identidade pessoal. Para isso, é preciso pensar em formas lúdicas e criativas que possam estimular a criatividade e a imaginação da criança.
É através do lúdico que podemos fazer isso, pois é através da brincadeira que a criança passa a conhecer a si mesma e o o mundo que faz parte. Brincar caracteriza a educação infantil, afinal é brincando que a criança conhece a si e ao mundo. O brinquedo ajuda na assimilação das regras de convivência e de comportamento. Outra preocupação que surge na modernidade é com relação aos estágios do desenvolvimento da criança.
O desenvolvimento e o processo de aprendizagem estão ligados ao meio social em que a criança vive e tem acesso aos materiais culturais. E é na escola que ela que ela vivenciará trocas de experiências e aprendizagem ricas em afetividade e descobertas.
Por este motivo, estou sempre repensando minhas práticas pedagógicas, proporcionando aos meus alunos atividades diversificadas, lúdicas, onde não precisem ficar somente enclausurados em uma sala de aula, com quadro cheio de matéria, pois, os alunos também aprendem brincando, interagindo numa saída de campo, num jogo...E tenho observado que esse tipo de atividade envolve muito mais o aluno e ele aprende muito mais.

VIDA ADULTA


Daremos nesta aula continuidade a atividade proposta a partir dos casos relatados na aula anterior sobre "Desenvolvimento Psicossexual".Quais serão as repercussões para a vida adulta a partir da fixação em umas das fases do desenvolvimento psicossexual relatado na atividade anterior?
No meu relato, onde os educadores não estavam sabendo lidar com as fases fálica e latência, pois até o presente momento eu desconhecia a importância de saber administrar estas questões na infância para não acarretar futuros problemas na fase adulta. Então para que o que estava acontecendo não trouxesse para os alunos consequências ruins ou traumáticas, não foste visto como algo feio (tocar-se, descobrir seu próprio corpo) perante seus olhos, e não interferisse(de forma negativa) em sua vidas futuras, como orientadora tentei passar para os educadores uma forma de lidar com este tipo de situações de forma mais natural possível, sempre tentando explicar para o aluno o que esta acontecendo e não adverti-lo, reprimi-lo, porque é a natureza que está se manifestando, ainda mais hoje numa sociedade que se  admite as mais diversas formas e opções sexuais.

DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL




Através da leitura do prefácio, da apresentação da introdução e do capítulo 1 do livro de Freud e a Educação. "O Mestre do Impossível, de Maria Cristina Kupfer e do vídeo Sexualidade Infantil segundo Freud. A proposta é observar uma criança, que pode ser uma aluno, e descrever o seu comportamento relacionando com as fases de desenvolvimento e postar no fórum.





Trabalho em duas escolas, com realidades bem diferentes,e uma atuo como professora e na outra como orientadora. Na escola que exerço a orientação, os alunos são muito carentes por a escola situar-se em uma área de grande vulnerabilidade, ao ler os materiais propostos pude observar e relacionar alguns casos que me são passado pelos professores com as fases de desenvolvimento psicossexual.E observei que quando os professores me passam os casos, eles vem tão apavorados e apreensivos, com  "algo" que é natural do ser humano, como por exemplo, o aluno que está em sala de aula sem perceber se acaricia, toca seu corpo(masturba), mas não com este intuito, e muitos casos que envolvem alunos nos banheiros, espiando as "partes intimas", até casos mais graves de alunos pequenos tendo "relações sexuais" nos banheiros da escola, devido a desestrutura e vivências do contexto familiar. Então o quer fazer para ajudar os professores a lidar com essas realidades, que no início também me abalaram bastante??? E segundo Freud, estes alunos encontram-se na fase fálica e latência. 
Não aguentava mais, sempre uma professora do 3º ano, me trazendo um aluno pela mão, dizendo que enquanto copiava, se tocava.O que fazer???
A partir deste dia, tomei uma atitude, reuni um material, inclusive este que explica o Desenvolvimento Psicossexual, e fiz uma palestra para auxiliá-las em suas dúvidas e rever suas práticas pedagógicas frente a este e a outros problemas que surgem quando somos educadoras. E posso afirmar, que surtiu efeito, pois, desde então, o índice de reclamações e idas na orientação por este motivo diminuiu.





MECANISMOS DE DEFESA

A atividade sobre mecanismos de defesa proposta foi para relatar um caso onde se utilizassem dois mecanismos de defesa, mas não poderíamos identificar o mecanismo no relato, para posteriormente fazer a identificação e o debate no fórum. Para atividade foi disponibilizado um vídeo e materiais para leitura.
E começo observar que uma atividade está sempre interligada com a outra, então é muito importante ler os materiais propostos e fazer as atividades com compromisso.
Mecanismos de defesa é uma denominação dada por Freud para as manifestações do Ego diante das exigências das outras instâncias psíquicas (Id e Superego), mas a psicanálise freudiana não é a única teoria a se utilizar desse desse conceito. Outras vertentes da psicologia também se utilizam desse denominação.

Os Mecanismos de Defesa são:



E após ver o conceito de cada um deles, pude fazer uma associação do Mecanismo de Deslocamento, que consiste em transferir as características ou atributos de um determinado objeto/pessoa para outro, com minha realidade em sala de aula. Notei que uma vez que ocorreu um problema com minha supervisora, logo que retornei para sala de aula, a primeira coisa que o aluno fez e eu não gostei, acabei "explodindo", e nem era para tanto, apenas transferi para o aluno a raiva que estava sentindo.E notei que sempre que acontecia algo que me aborrecia, principalmente com a equipe diretiva, acabava chegando e descontando em meus alunos. Mas que culpa eles tem dos meus problemas?Porque descontar neles os meus problemas?Se eles são sempre tão maravilhosos, carinhosos e preocupados com a "profe". Decidi que não posso ser tão egoísta de envolvê-los com os meus problemas, e sim ajudá-los a resolver o deles, que muitas vezes são bem mais sérios e complicados, que uma simples discussão e desentendimento com a direção da escola.



sexta-feira, 27 de novembro de 2015

EGO, ID E SUPEREGO

A atividade Segunda Tópica, nos foi proposta após a leitura de alguns textos que nos serviram de material de apoio para realizar a atividade proposta, que seria contar uma história , que poderia ser real do meu dia a dia, onde aparecessem ego, id e superego.




Primeiramente conceituamos id,ego e superego.



E no fórum foram relatadas inúmeras histórias, muito interessantes, que ao ler algumas, pude ir identificando com alguns momentos que passo em sala de aula com alguns alunos, como por exemplo uma aluna que a mãe tem um relacionamento com mulheres, sem perceber a aluna em algumas ocasiões em sala de aula se faz acariciar algumas colegas e quando percebe imediatamente se afasta assustada, situação um tanto delicada, mesmo com toda a liberdade sexual que hoje possuímos em nossa sociedade, até mesmo pelos próprios colegas que possuem um "superego julgador", frente nossas escolhas, opções, desejos sexuais.Já outro casos de alunos sem limites de comportamento, por possuírem muitos problemas de estruturas familiares, onde o maior reflexo de todos esses problemas vai apresentar-se em sala de aula, e muitos outros casos.
Então frente toda essa problemática apresentada, eu como educadora, muitas vezes em sala de aula deixei meu ID falar mais alto, por não saber lidar com essa problemática que os alunos trazem de casa e acabam expondo em sala de aula, através de suas atitudes, comportamentos, gestos....Onde muitas vezes bati de frente com os alunos, o que foi uma experiência horrível, que não me levou a nada, refleti minhas atitudes (EGO) e vi que a partir desse momento estava na hora de mudar minhas atitudes em relação a estes alunos, que eu precisava trazê-los para perto de mim e não afastá-los com gritos e xingamentos, porque, muitas vezes eles estão só querem um pouco de atenção, estão em muitos casos gritando por socorro.



LEITURA DE MUNDO DAS CRIANÇAS RELACIONADO COM O MUNDO DA ESCRITA

Na aula de hoje a proposta era de ler um texto de Paulo Freire e um poema de Ricardo de Azevedo, e logo após desenvolvermos duas atividades de reflexão.Onde uma delas era, após as leituras, expor para os colegas
uma situação em que aparecesse leitura de mundo, das crianças, relacionada com o munda da escrita.


 O processo de alfabetização é a construção do conhecimento que tem início muito cedo e que nunca termina. E podemos se constata  no dia a dia de cada indivíduo, pois desde cedo convive com diferentes informações produzidas e interpretadas pelos adultos, nos mais variados contextos, ou seja, vê letreiros, cartazes, jornais, revistas, televisão, placas, etc.Exemplo disso, são  quando as crianças não sabem ler e mostramos uma lata de nescau, ou coca-cola, eles não sabem ler, mas identificam o produto pelo rótulo. Ou quando passa na rua por uma placa de propaganda, por exemplo do Supermercado  Zaffari, não leu, mas identificou pela propaganda, e assim por diante.





Contudo, a criança não nos pede permissão para aprender, chegando muitas vezes na escola já sabendo muitas coisas, lhe faltando apenas o "reconhecimento".
Depois das exposições e discussões, percebi que também posso da mesma forma fazer essa leitura de mundo relacionado com o mundo da escrita, ao explicar um conteúdo para meus alunos, por exemplo. Cheguei a tal conclusão, quando expliquei um conteúdo sobre verbos, e os alunos não entenderam bem, então fiz uma associação a uma imagem de uma pessoa para chegar onde eu queria e fazer com que eles entendessem, e não foi que deu certo.

AS CRIANÇAS PENSAM SOBRE A ESCRITA E CONSTROEM HIPÓTESES

Tenho que confessar que as aulas de Fundamentos da Alfabetização tem me feito repensar muito minha didática pedagógica, frente aos novos conhecimentos  e experiências que estamos vivenciando e adquirindo no curso de Pedagogia.Não cursei Magistério, nem uma Licenciatura Plena, na verdade por já ter um Curso Superior, fiz uma formação que habilitou-me a trabalhar com a séries finais do Ensino Fundamental, com o Ensino Médio e Profissionalizante. Então vejo como o me falta a Pedagogia, o que vim buscar aqui no curso, e quando vejo as colegas alfabetizadoras relatando suas experiências, chego a conclusão que ainda me falta a "didática". Mas agora com as aulas, relatos, trocas de experiências entre colegas e praticando as atividades para a disciplina, sinto-me mais familiarizada e vejo como é fundamental esta base para minha prática pedagógica com os alunos.
Nesta aula a proposta foi que escolhêssemos duas crianças em fases diferentes do processo de construção de escrita (de 2 a 8 anos) e proponha a escrita de palavras.

Desenvolvi o trabalho com dois alunos do 3º ano do ensino fundamental, os alunos  (Mateus e Raíssa) possuem a mesma idade (8 anos), mas estão em processos de escrita diferentes. 
Então o que pude concluir, depois de aplicar o trabalhinho (ler os textos)  e observar estes dois alunos, que ambos estão em processos de escrita em fases diferentes, mesmo possuindo a mesma idade e frequentando a mesma série. Onde Mateus já esta muito "além de Raíssa", que ainda está em seu "mundinho", construindo seus conhecimentos, suas hipóteses, de acordo com seu contexto e suas vivências, que talvez esteja demorando mais para construir "seu processo" diante dos outros alunos, mas que  de acordo com o seu desenvolvimento também chegará lá. E que para isso aconteça, talvez nós educadores tenhamos que ter um pouco mais de paciência, didáticas, conhecimentos de novas atividades, mudar nosso modo de agir e pensar frente algumas situações, para  ajudarmos nossos alunos a saberem lidar com as dificuldades, frustrações que surgiram.
E foi o que eu fiz a partir do dia que apliquei essa atividade, e vi que tenho alunos que estão na mesma turma, com a mesma idade, que deveriam já estar lendo e escrevendo, como a grande maioria, mas ainda não estão, que precisam de uma "atenção especial".Que eles precisam de mim, talvez muito mais do que os outros, e o meu trabalho com eles vai ser árduo, mas com compensador.Porque sei que dessa forma no final todos atingiram os objetivos propostos, eu como educadora e eles como alunos.